Normalmente queremos e buscamos nossa alegria e felicidade meramente em nossas realizações pessoais, conquistas profissionais, não sendo de muita importância se alguém alegra-se junto a mim ou não, mas o que importa realmente é que possa desfrutar dela o máximo possível. Vejo que o cristianismo que tenho aprendido é totalmente diferente disto, totalmente divergente dessa alegria egoísta e egocêntrica. Vejo que se eu alegrar-me e meu irmão não alegrar-me comigo, não será uma alegria completa. Quero que meus irmãos alegrem-se comigo e eu possa alegrar-me com eles. Não digo que é fácil mas com toda certeza é prazeroso.
“Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.” Filipenses 2:2-4.
No verso 4 está um dos desejos que tenho. Viver de uma maneira tal que, não atente para o que é propriamente meu e, sim do meu irmão e que aconteça o mesmo com este, que ele possa viver para buscar o que é de outro, vivendo assim uma busca não nossa mas para o que é dos outros, completando o gozo um do outro. Ter um mesmo sentimento com o meu irmão, compartilhar com ele o que passo, minhas dificuldades, contar as bênçãos do Senhor em minha vida para que ele alegre-se comigo. Isso deve ser realidade no meio cristão e também deve ser cumprido não somente como uma obrigação, mas também como uma alegria.
Tenho certeza que meu irmão busca estar alegre todo o tempo mas não estou aqui concordando com tudo o que venha e possa fazer. Pois bem, desejar alegrar meu irmão e com base nesta alegria, eu também poder alegrar é uma vontade em meu coração. É literalmente colocar minha alegria na dele para que, quando ele alegrar-se, eu também faça o mesmo. Ao ver meu irmão sorrindo, sorrir juntamente com ele, ao vê-lo triste, entristecer juntamente. Viver em comunhão. Até porque, não vejo comunhão como algo onde se meu irmão, por exemplo, perder o seu emprego e tenha de sustentar a sua esposa e filhos, eu, diante deste acontecimento ficar apático em minhas emoções, ou até mesmo, alegrar-me com meus prazeres. Se eu, ao ver meu irmão triste, passando por uma situação assim, não ficar comovido, posso saber que meu coração tem-se endurecido e reconhecer que não estava amando-o, não estava em comunhão com ele. Em Romanos 12:15 está escrito: “Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;” Que busquemos viver de uma forma que agrade o coração do Pai, e esse modo de viver é obedecer a Palavra, onde está revelada a vontade de Deus.
Matheus Pereira Júnior